13 maio 2011

SUPERAVENTURAS MARVEL #79

Editora Abril

Marvel Comics

Formatinho (68 páginas)

Janeiro/1989

Originalmente publicado em:
Daredevil v1 #250 (1988);
Marvel Team-Up v1 #130 (1983);
Punisher v2 #1 (1987).




Demolidor: "Buum!"
Argumento: Ann Nocenti
Arte: John Romita Jr
Arte-Final: All Williamson

Início de um bom run com Nocenti, Romita e o lendário Williamson. Este útlimo ganhou o Prêmio Eisner Hall da Fama, em 2000. Excelente artigo, quando de sua morte, publicado no Universo HQ.

Salvem o Planeta, uma entidade ecológica, procura os serviços de Matt Murdock, que presta assistência jurídica gratuita, na Cozinha do Inferno, para enfrentar a indústria de adesivos Kelco. Entretanto, interesses econômicos prevalecem e o misterioso Bullet, um brutamontes mercenário, é contratado para "viabilizar" os negócios.

Bullet possui um filho traumatizado pela imperiosa ideia de uma guerra atômica. Elemento recorrente em histórias dos anos 80, em plena Guerra Fria, o medo de Lance é o contraponto à dureza do pai, que se rende à necessidade afetiva do filho.

É inusitado o fato de Foggy defender a Kelco. Já se antevê o inevitável confronto entre os dois amigos, nas edições futuras.

O que falar da arte? Romita Jr marcou com seu estilo único e acertado. Williamson realçou a qualidade final, respeitando o traço e reforçando o conceito. O primeiro contato que tive me deixou impressionado. Sempre considerei Romita Jr um artista criativo e econômico nas firulas.

Marvel Team-Up: "Até que a morte nos separe!"
Argumento: J.M. DeMatteis
Arte: Sal Buscema
Arte-Final: Mike Esposito

Em primeiro lugar, é necessário dizer que a Abril cortou aproximadamente 8 páginas! Aí, você se pergunta: "Isso não afetou a história?" Vejamos: o tratamento gráfico das revistas, por si só, já não permitia a reprodução integral dos diálogos (o que nos leva a uma perda substancial). O corte de qualquer material adicional exigiria habilidade na reconstrução da edição. Quando se é moleque, isto passa despercebido. De um modo geral, estas supressões de material foram lesivas sempre, porém digeríveis.

Infelizmente, esta edição se mostrou completamente prejudicada por esse tratamento editorial. A qualidade dos diálogos no original provou que a percepção dos personagens seria outra. Lendo no gibi, considerei que Necrodamus não passava de um raso mago das profundezas. Comparando com o original, reconheci o afeto enterrado na motivação de suas ações. O vilão pareceu-me completamente legitimado. É uma pena, esta é uma daquelas coisas terríveis para quem gosta de quadrinhos.

Segunda parte da trama que se iniciou em SAM 78, o mago Necrodamus procura transferir sua alma de seu frágil corpo para o corpo do androide Visão. E para isso, atrai Wanda Maximoff, a Feiticeira Escarlate, obrigando o vingador a se sacrificar em troca da liberdade de sua amada. A participação do Homem-Aranha é restrita ao possível desmascaramento de sua verdadeira identidade.

Necrodamus é um servo da escuridão, dotado de conhecimento pleno das artes místicas, aprisionado em um corpo incapaz de suportar seus poderes. Através de um sacrifício, seus mestres lhe garantiriam um novo e magnífico corpo. Feiticeira Escarlate impede que seu plano contra Agatha Harkness siga curso, enviando-o para outra dimensão. Seu profundo ódio pela feiticeira guia o retorno do demônio a este mundo, que busca satisfação de seus desejos narcísicos na aquisição de um novo corpo.

Apenas mais uma observação: Sal Buscema sempre foi uma dos meus favoritos, entretanto aqui seu estilo ainda não estava maduro.

Justiceiro: "Conexão: Nova Iorque"
Argumento: Mike Baron
Arte: Klaus Janson
Arte-Final: Klaus Janson

A capa de SAM deste mês, estranhamente, é a capa da segunda edição americana. 

Sempre fui aficionado pela violência das histórias do anti-herói. Algo que, para mim, sempre o aproximou de Wolverine. O sentimento de justiça própria, a agressividade explosiva e a solidão são alguns outros elementos de semelhança. Quando bem explorados, tornam as histórias destes heróis muito mais verossímeis, respeitando o leitor. Quando não trabalhados, esvaziam o significado do personagem, e quando mal trabalhados, agridem quem os lê. Esta história se localiza entre o primeiro e o segundo tipo: meio sem sal...

Frank Castle tenta se infiltrar numa organização criminosa, cuja instalação justifica a bazuca da capa da edição americana. Ele busca informações com ex-colegas de Vietnã que possam ajudá-lo em sua missão. 

A história é simples e pouco inspirada assim. Não prendeu minha atenção, apesar da boa vontade... E a arte de Janson inaugura a era dos exagerados de anatomia, tão comum nos anos 90. Janson nunca foi um dos meus favoritos, mas até que funcionava bem no Justiceiro.




- Marvel Team-Up v1 #1: pgs 4, 8, 9, 10, 13, 14, 15 e 16.

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