27 fevereiro 2015

AMAZING FANTASY (Vol. I) #15


Em 2008, a Biblioteca do Congresso Americano recebeu de um doador anônimo as 24 páginas da arte original de Steve Ditko, ao que foi chamado de “dom precioso ao povo americano”. E não é exagero, tendo em vista os efeitos culturais derivados da criação do personagem, que conseguiu extrapolar as páginas dos quadrinhos.

Sua primeira aparição se deve aos resultados comerciais insatisfatórios da revista Amazing Adult Fantasy (que antes se chamava Amazing Adventures). O editor então à época Martin Goodman permitiu que Stan Lee, juntamente com Ditko, trouxesse uma mudança inovadora para o último número da revista, agora intitulada Amazing Fantasy: um adolescente nerd, com todos os problemas normais de sua idade, como o herói principal.

 
A história é de todos conhecida: após ser picado por uma aranha radioativa, ele adquire superpoderes que constroem a sua identidade heroica de Spider-Man. Mas o verdadeiro encontro com o personagem se dá nas relações que o cercam: a gozação e humilhação ostensiva que sofre de seus colegas de colégio, dentre eles Flash Thompson, a rejeição, a perda do ente querido, tio Ben, e viuvez de sua tia May, as mudanças forçadas em seu corpo e a questão central clássica da responsabilidade.




A questão da responsabilidade é central porque caracteriza simbolicamente a relação entre a realização do fantástico e o preço a se pagar. Peter Parker reverte inteiramente sua situação de desvantagem social por meio do dom gratuito “caído do céu”, impondo uma justiça anônima assinada pelo herói sem rosto. Da inferioridade de seus pares para o estrelato midiático!
 
Ao testar sua potência, o personagem atinge os limites da própria liberdade, arcando com o preço de seu presente divino. A escolha egoísta culmina na consequência drástica, modificando para sempre o jovem Peter.
 
 
As consequências desta edição carregam outro elemento característico do personagem que marcará sua continuidade: o dinheiro, o que será observado já no primeiro número de Amazing Spider-Man.
Quanto à arte, o que dizer? Estamos diante de Ditko finalizando Ditko! Muito embora, eu considere seu trabalho posterior de finíssima qualidade, é inegável constatar a narrativa extremamente dinâmica que impunha, aliada ao nanquim firme e expressivo. Uma característica que aprecio em sua arte é a capacidade de transmitir as emoções por uma certa caricaturização do personagem.
 
 
A vendagem desta edição, que contava com mais três histórias da dupla Lee-Ditko, superou as expectativas mais otimistas dos editores, tornando-se o título mais rentável da Marvel no ano, mas cedendo lugar ao vindouro Amazing Spider-Man.
 

 
 
Há que se mencionar que a capa pertence a Jack Kirby, já que Stan Lee, responsável pela escolha de todas as capas, depositava total confiança no sucesso visual de suas capas, como é possível encontrar neste documento que faz parte da controversa disputa entre Marvel e familiares de Kirby. A capa original pode ser vista scaneada aqui, por Brian Cronin do CBR.
Esta edição foi considerada pela Marvel como a primeira posição em The 100 Greatest Marvels of All Time.
Algumas páginas da arte original podem ser vistas no site da Biblioteca do Congresso Americano.
Esta edição ocupa o 8º lugar no site Empire (segundo estimativas, U$ 407.000) no ranking de quadrinhos mais caros de todos os tempos, muito embora a Wikipedia nos diga que já tenha ocorrido venda a U$ 1 milhão!


13 fevereiro 2015

INCREDIBLE HULK (Vol. I) #1


The Strange case of Dr. Jekyll and Mr Hyde, publicado em 1886, um romance do escocês Robert Louis Stevenson, com sua trama de investigação sobre a misteriosa transformação de Dr. Henry Jekyll em Edward Hyde, oferece as bases para o que seria a história de um homem atormentado pelo monstro que habita dentro de si. O médico e o monstro, o bem e o mal, o dualismo presente em alguma medida em todos nós. What if esse monstro pudesse eventualmente assumir o controle?

Esta edição é o ponto de partida para a jornada de Bruce Banner, um cientista responsável pelo desenvolvimento de armas gama. Rick Jones, um rebelde adolescente, ao invadir uma área militar em que se testava a bomba gama, é salvo no último instante pelo desesperado cientista, sem evitar, entretanto, que a explosão radioativa atingisse a si mesmo.

Neste ponto, precisamos apreciar a sequencia que se apresenta pela arte genial de Jack Kirby. Muito embora não difira muito de outros trabalhos seus, o que podemos presenciar aqui é o eficiente trabalho do artefinalista Paul Reinman em robustas linhas para realçar o jogo de sombras proposto por Kirby. O desespero eternizado de Banner é icônico.

Apesar da continuidade do personagem trabalhar bem a questão da raiva destrutiva personificada, neste início, o que se apresenta é um monstro frankesteiniano bruto, mas ainda dono de suas atividades intelectuais, um tanto automático em suas ações, é verdade, demonstrando em certo momento uma megalomania.
 
Ian Sharman, em seu blog, traz um interessante subsídio a se pensar:
“Na verdade, este é um conto muito mais interessante da então tradicional narrativa "Hulk Esmaga!". Stan e Jack combinam elementos de uma série de histórias de monstros clássicos ... o lobisomem, Dr. Jekyll e Mr. Hyde , e monstro de Frankenstein ... para criar um personagem que tem provado ser tão duradouro quanto eles.” (tradução livre)
 


E cinza. A primeira representação do personagem é nesta cor, que só mudaria no próximo número da revista, e em virtude de falhas de impressão da gráfica. Além disto, suas transformações não são acionadas por ira, mas pela chegada da noite.


 
Em sua segunda parte, Incredible Hulk apresenta um tema típico da época: a guerra fria. Neste contexto B. Banner e Rick Jones são sequestrados e levados para solo comunista de forma que o cientista consiga reverter a condição da criatura chamada de Gargoyle, cujo grande intelecto, entretanto, se perderá na transformação.

É interessante notar que existe uma contraposição clara retratada entre o caráter monstruoso, porém de intelecto brilhante, a serviço do governo comunista e a recuperação da humanidade, culminando em uma morte virtuosa e martírica do personagem Gargoyle, ao explodir a base militar em que servia, o que possibilita o retorno de Banner e Jones.

 
Enfim, há de se mencionar que Hulk é a história do homem Bruce Banner atormentado por sua duplicada literalmente liberta das amarras convencionais, que encontra auxílio no jovem Rick Jones, o amor incondicional de Betty Ross e a perseguição obsessiva do General Ross.

11 fevereiro 2015

FANTASTIC FOUR (Vol. I) #1

Para todos aqueles que nunca tiveram a oportunidade de presenciar o início do Universo Marvel, tal como o conhecemos (Era de Prata), eis por onde começar a sua leitura. Stan Lee e Jack Kirby marcam indiscutivelmente a história dos super-heróis ao conceber um grupo que, exposto à radiação cósmica (tema muito caro ao lendário escritor), se transforma fantasticamente em panteões da justiça.
Na verdade, o barato das histórias do Fantastic Four está na construção das relações de seus membros em concorrência com suas aventuras. Quatro personagens com visões diferentes de mundo que tentam tornar este mesmo mundo mais seguro e compartilhável a cada um de si. Enquanto enfrentam grandes ameaças como Namor, Doctor Doom, Mole Man (neste primeiro número) e até alienígenas, como os Skrulls, os quatro aprendem a fazer com que suas interações sobrevivam e alicercem a estrutura familiar do grupo.
O fato de não agirem em clandestinidade catapulta-os para a típica exposição característica dos anos 60, uma certa tietagem beatlemaníaca, que se acentuará ao longo dos anos mais em torno de suas conquistas pessoais do que associadas.
Quanto à edição, o que dizer da genialidade de seus criadores? A partir do chamado de Reed Richards, somos apresentados às surpreendentes habilidades de três figuras retratadas em contextos/expansões de suas personalidades. A inocência lúdica de Sue Storm, a brutalidade monstruosa de Ben Grimm e a jovialidade impetuosa de Johnny Storm constrastam com a aparente lucidez de Reed Richards. Aparente, pois está determinado a viajar para as estrelas a qualquer custo. Vale checar este link e ver como Greg Burgas realizou uma interessantíssima análise visual deste painel a seguir, comentando sobre as sutilezas técnicas utilizadas por Kirby ao retratar a dinâmica entre Reed e Ben, e como complementam a narrativa de Stan Lee.
 
Apesar de todos os esforços para garantir uma hegemonia americana sobre os comunistas, a viagem ao espaço se revela determinante para o futuro do grupo. É possível dizer que seus poderes se ajustam neste início ao provável propósito de seus autores: demarcar o território de ação intrafamiliar. A invisibilidade da mulher, a chama flamejante da juventude, o rancor da rejeição e a maleabilidade da maturidade, quem sabe, não seria uma mensagem a se passar...
O leitor é levado em ritmo alucinante até culminar na união de todos em prol da humanidade, para na segunda metade da história, se deparar com a primeira ameaça ao Fantastic Four: Mole Man. O resto é história... Recomendo a leitura deste review.
 
 
 
Começamos por esta comparação entre capas e artes aqui.
Podemos ver aqui um grande nome da indústria quando ainda era jovem produzindo, possivelmente, o primeiro review da edição.
Esta é uma entrevista com Stan Lee. Parte 1, parte 2 e parte3.
Finalmente, temos acesso aqui ao roteiro original reescrito.

22 agosto 2011

HERÓIS DA TV #95

Editora Abril

Marvel Comics

Formatinho (84 páginas)

Maio/1987

Originalmente publicado em:
Iron Man vol 1 #135 (1980);
Power Pack vol 1 #7 (1985);
The Mighty Thor vol 1 #272, 273 (1978);
The Avengers vol 1 #188 (1979).

Homem de Ferro: "Retorno triunfal"
Argumento: David Michelinie e Bob Layton
Arte: Jerry Bingham
Arte-Final: Bob Layton

Mais um round entre o Homem de Ferro e o Homem de Titânio. O vilão busca reconhecimento de seu governo acreditando que destruir Nova Iorque, o coração do imperialismo americano, o ajudará a realizar este intento. Entretanto, ele não conta com os recentes melhoramentos na armadura do herói, que tenta recuperar sua imagem pública.

Via essa capa e me indagava sobre a qualidade da história, há muito tempo atrás. Fiquei decepcionado com o fraco enredo. É pancadaria ingênua do início ao fim. O vilão titânico possui motivação que deveria ter sido melhor explorada. Seu plano, arrasar Nova Iorque, não é nem um pouco atraente para quem lê. É muito godzilliano. 

Além disso, não acho que seja verossímil o Homem de Ferro se utilizar de golpes marciais contra um colosso de armadura.

Quarteto Futuro: "Além da razão"
Argumento: Louise Simonson
Arte: June Brigman
Arte-Final: Bob Wiacek

A ideia por trás do Quarteto Futuro até que é interessante: abordagem de temas relacionados ao mundo pré-adolescente. Mas este gênero não me convence. Pode ser antipatia, mas não vejo porque gastar 20 páginas de uma revista que continha Thor, Homem de Ferro e Vingadores.

Depois do primeiro dia de aula, as crianças, com a ajuda de Manto e Adaga, enfrentam bestas-robôs.

Não considero o desenho de todo ruim, mas com este argumento, tudo fica sacal, assemelhando-se a histórias infantis.

Thor: "O início do fim"
Argumento: Roy Thomas
Arte: John Buscema
Arte-Final: Tom Palmer

Vejamos: Roy Thomas e John Buscema... isto é sinal de boa história! Não há dúvidas que a talentosa dupla rendeu bons momentos na cronologia do deus nórdico.

Trata-se da saga Ragnarok. Loki está sem poderes e exilado na Terra. Ele deseja retornar a Asgard, mas para isso deverá se utilizar do desejo de um mortal, o jornalista Harris Hobbs, de realizar uma matéria na lendária terra dos deuses. Hobbs é o ignorante portador de visões proféticas do destino final dos habitantes de Asgard. Loki consegue identificar a profecia de Volla nos sonhos de Hobbs. Através de um logro, o deus da mentira realiza o improvável, retornando a Asgard. Seu intuito é registrar a morte do deus do trovão!

É muito difícil não se fazer uma boa história com os elementos do universo de Thor. A riqueza de detalhes e as múltiplas possibilidades dão o caminho do sucesso do personagem. Ragnarok é mais um desses nortes. Podemos compará-lo ao mítico apocalipse; na mitologia nórdica, é o evento cataclismático (Thor não morre pelo ataque da Serpente de Midgard, mas por desfalecimento) que renovará a Terra.

Roy Thomas trabalha habilmente com estes aspectos mitológicos, porém, centrados em Loki, nas duas primeiras histórias. Ele é o elemento aráutico que espalha a "boa-nova": o crepúsculo dos deuses. A arte de Buscema é fantástica! Sou fã de Walter Simonson, mas Buscema também retratava Thor com maestria.

O grande problema editorial será abordado abaixo.

Vingadores: "Elementar, caros Vingadores!"
Argumento: Bill Mantlo
Arte: John Byrne
Arte-Final: Dan Green e Frank Springer

Os Vingadores estão em viagem de retorno a América. Enquanto cruzam o espaço aéreo soviético, testemunham um misterioso ataque a aviões russos. Em terra, descobrem que um experimento que deu errado produziu super criaturas com propriedades semelhantes aos elementos químicos. Agora, precisam detê-las.

Pontos interessantes: o demagógico discurso do Capitão América - dane-se os russos com seus problemas; os problemas de auto-estima do Falcão. Aspectos bem retratados por Mantlo. Uma pena que o trabalho editorial porco da Abril tenha cortado alguns quadros. Mas é óbvio que o Capitão estava longe de ser o perfeito arauto da justiça. Seu dilema em ajudar os russos revela a conveniência de um soldado em missão. Mantlo nos traz o lado fantochístico de um dos maiores ícones da Marvel e sua patriótica subserviência. Já com Falcão, o pouco que a Abril nos deixa ver humaniza um super-herói que nunca passou de um coadjuvante do Capitão, mas que se apresenta em sua forma mais honesta possível. Um cara normal escalado para engrossar os filões de uma superequipe.

Não poderia deixar passar em branco a arte a cargo de Byrne, que ocupa competentemente o lugar de artista definitivo dos Vingadores, na minha mais modesta opinião.




Lamentavelmente, tínhamos nesta época a prática nefasta da Editora Abril de cortar páginas, quadros ou adulterá-los. A saga Secret Wars talvez seja o maior exemplo. Nesta edição de HTV, eles foram além. Em Thor, cortaram 14 páginas das 17 originais da edição #272 e 3 das 17 originais da edição #273. Ou seja, de duas edições, a Abril publicou apenas UMA!! E isto para quê? Para publicar 20 páginas de Quarteto Futuro?! Claro, fora as supressões de diálogos e páginas em Vingadores, como na página 68, na qual o Falcão aparece com o maior bico, enquanto o leitor não entende patavina.

Enfim, é lamentável ler histórias picotadas por decisões editoriais infelizes. O assunto foi ironicamente abordado na seção de cartas da revista. Em resposta à solicitação do leitor pela publicação de histórias na íntegra, o editor Wlamir Sohl afirma: "Só cortamos páginas das histórias em último recurso."

05 agosto 2011

SUPERAVENTURAS MARVEL #46

Editora Abril

Marvel Comics

Formatinho (84 páginas)

Abril/1986

Originalmente publicado em:
Daredevil vol 1 #158 e 159 (1979);
Alpha Flight vol 1 #2 (1983);
Uncanny X-Men vol 1 #142 (1981).


Demolidor: "O arauto da morte"
Argumento: Roger McKenzie
Arte: Frank Miller
Arte-Final: Klaus Janson

Edição histórica, a Abril costuma cravar um selo "Grandes Momentos Marvel", que traz Frank Miller, pela primeira vez, ilustrando as histórias do homem sem medo. A Wikipedia me diz que, com a saída de Gene Colan do título, somada às baixas vendagens, Miller enxergou a oportunidade de agregar um gênero de histórias, que tanto apreciava (policialescas), com a inserção de um super-herói. Além de tudo, seu estilo noir arrebatou os fâs, alavancando as vendas e recolocando o título na periodicidade mensal.

Afora o contexto histórico, é de se notar a já qualidade gráfica peculiar de Miller: cenários detalhados, dinâmica explosiva, abuso de sombreamento; enfim, elementos millerianos em sua gênese, hoje tão caros aos seus fãs.

O vilão Arauto da Morte, outrora Eliminador, contratou o Trio Fatal para sequestrar Matt Murdock e dar cabo ao seu plano de vingança. O advogado foi o responsável por sua transformação.

Historinha nota 5, batida. Esse trio de aberrações já vi tantas e tantas vezes. O que vale mesmo é a arte de Miller que funciona muito bem com Janson finalizando.

Demolidor: "Marcado para morrer!"
Argumento: Roger McKenzie
Arte: Frank Miller
Arte-Final: Klaus Janson

Em primeiro lugar, temos a primeiríssima aparição de Tucão, na edição americana. Nunca entendi porque diabos a Abril resolveu traduzir o nome original, Turk, em Tucão. Personagem secundário, porém recorrente a todo momento na cronologia daredeviana.

A história gira em torno de um assassinato encomendado por um tal Sr. Poindexter (quem será...). Eric Slaughter, antigo inimigo do Demolidor, orquestra uma emboscada ao herói, que obviamente fracassa. Mas isto fazia parte dos planos do Sr. Poindexter, que a tudo observa meticulosamente.

Esta edição é melhorzinha. Introdução de coadjuvantes, promessa de bons conflitos no futuro, um algoz importante para o desenrolar das ideias de Miller aparecendo ao final. Aliás, FM mostrando a que veio, com a arte sustentando o interesse pelo título.

Tropa Alfa: "Sombras do passado"
Argumento: John Byrne
Arte: John Byrne

Segunda edição americana traz Marrina e sua origem, contada por Víndix. Marrina sempre me impactou pela forma que ela se reproduz. Isto meio que se tornou um trauma de criança, rs... não consigo lembrar em que número.

A trama é simples: em meio a um exercício da Tropa, Marrina, sentindo-se confusa, ataca gravemente Pigmeu e foge pelo mar. Os heróis a perseguem para evitar um conflito internacional.

Acho interessante a forma como Byrne consegue envolver todos os personagens, ao mesmo tempo que habitua o leitor com os novos heróis. A narrativa é fluída e coesa. A origem de Marrina desemboca no clímax da história. O cara é um mestre, mesmo...

X-Men: "Jornada mental"
Argumento: Chris Claremont e John Byrne
Arte: John Byrne
Arte-Final: Terry Austin

Conclusão da histórica saga Dias de um futuro esquecido: Kitty Pride retornou ao passado para impedir que a Irmandade de Mutantes assassine o senador Robert Kelly e, assim, impeça o futuro apocalíptico. Enquanto no passado o futuro depende dos resultados das ações da mutante Sina, no futuro, os mutantes não resistem ao devastador poder dos Sentinelas modificados, confiando apenas Kitty.

Esta é aquela história paradigmatica, definidora das linhas de desenvolvimento futuro das tramas mutantes. Embora, tenham que retornar ao passado para consertar o futuro, qualquer ação terá consequências. Esse é o trunfo dos autores, pois, dessa forma, abriram o caminho de referência a esta saga. O futuro nunca poderá ser consertado, mas reescrito. Não raro, autores bebem desta mesma água.

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