13 julho 2011

SUPER-ALMANAQUE DC #3

Editora Abril

DC Comics

Formatinho (140 páginas)

Julho/1992

Originalmente publicado em:
Green Lantern v3 #1, 2, 3 (1990);
Hawkworld v2 #1, 2, 3 (1990).






Lanterna Verde: "Pé no chão"
Argumento: Gerard Jones
Arte: Pat Broderick
Arte-Final: Nelson DeCastro

As histórias se passam depois do evento Odisséia Cósmica. Restam apenas três lanternas para patrulhar todo o universo.

Hal Jordan passou tempo demais no céu, sob o efeito dos poderes do anel. Agora, ele quer descobrir quem realmente é. É tempo de colocar os pés no chão. Uma rápida visita à Liga da Justiça intriga Guy Gardner, que, movido pela desconfiança, roubará o sossego do herói em sua jornada. Enquanto isso, John Stewart tenta se recuperar de traumas recentes, indo até Oa, em busca de respostas.

Nunca gostei das histórias do lanterna. Aprendi a gostar recentemente com Geoff Johns no comando dos títulos. Isto me fez querer conhecer o resto. Entretanto, um personagem que sempre considerei interessante é Guy Gardner. A forma debochada como ele encara os ofícios do herói contrabalança com a natureza tão grandiosa de ser um Lanterna Verde. Essa natureza, talvez, não era tão bem explorada, nesta época; mas este potencial me faz retornar e analisar com mais cuidado.

Não gosto da arte de Pat Broderick. Aliás, nesta época, lembro-me de achar a qualidade gráfica dos títulos dcnautas um pouco abaixo dos da Marvel.

Lanterna Verde: "Em busca da felicidade"
Argumento: Gerard Jones
Arte: Pat Broderick
Arte-Final: Bruce D Patterson

O nível do argumento é o mesmo, tripartido entre a jornada existencial de Jordan, a convicção descrente de Gardner e o resgate da sanidade de Stewart.

Enquanto Jordan se torna um pescador, Gardner provoca um antigo inimigo do herói esmeralda, o Tatuado. O intuito de Gardner é levar o ex-vilão a se encontrar com Hal, para que, assim, assuma seu lugar de Lanterna. John Stewart, em Oa, se depara com a loucura do Guardião remanescente.

Fico impressionado com o rumo bobo da trama. Mas, ao mesmo tempo, satisfeito com o desenrolar dos caminhos em Oa.

Lanterna Verde: "Som e fúria"
Argumento: Gerard Jones
Arte: Pat Broderick
Arte-Final: Bruce D Patterson

A última parte traz o que todos queriam ver: porradeiro entre Hal e Guy! Os dois lanternas partem para resolver as diferenças de longo prazo, mas acabam na prisão. Para que a disputa fosse limpa, os anéis ficam de fora e acabam nas mãos de dois matutos. John Stewart, em Oa, está em apuros! O Guardião pretende unir sua mente a do lanterna.

A pancadaria é interessante e previsível. Expõe o rídiculo que é a disputa entre os dois; ao mesmo tempo nos traz o elemento do humor, fundamental para existência de um personagem como Guy Gardner. O único ponto que destoa do resto é a facilidade com que os anéis são manipulados por outras personagens. A solução para o manejo da vontade dada por Geoff Johns, nas histórias atuais, torna seu poder um pouco mais crível.

Ponto alto no diálogo de Gardner para Hal: "Agora, que tal ir pra cidade? Lá, eu te ensino a mijar em pé!"

Gavião Negro: "Predadores"
Argumento: John Ostrander
Arte: Graham Nolan
Arte-Final: Sam Parsons

O herói thanagariano retorna nas mãos de John Ostrander. As aventuras de Katar Hol, o grande campeão de Thanagar, em companhia de sua parceia Shayera Thal, policiais impetuosos em busca da constante justiça.

Nesta edição, os thanagarianos são enviados à Terra em missão diplomática. Entretanto, Katar Hol tem uma chance mais de capturar Byth, seu antigo inimigo, que, drogando-se, se torna capaz de assumir formas diversas.

História fraca. Arte de Nolan ainda estava crua, juvenil. Não fui cativado por elemento algum da trama thanagariana. 

Gavião Negro: "Surge...o Gavião Negro"
Argumento: John Ostrander
Arte: Graham Nolan
Arte-Final: Sam Parsons

Katar Hol é pueril. Sua motivação é ingenuamente sem graça e comum. Seu comportamento é imaturo e contrabalanceado pelo realismo de Shayera.

Eles chegam à Terra e são recebidos com celebração televisiva. A idéia é vendê-los como heróis de Thanagar. No entanto, Shayera não passa de uma policial. Katar se apresenta ao evento social, enquanto Byth prepara seu plano de ação utilizando humanos como capangas modificados.

O nível permanece ainda muito baixo, apesar da ambientação na Terra melhorar a empatia em relação aos personagens. Não consigo realmente gostar desse conceito de herói; arte pouco trabalhada, história superficial, não sei...esse tipo de trama era típica da DC e de muitos personagens de 2º escalão da Marvel (algumas tie-ins).

Gavião Negro: "Fúria alada"
Argumento: John Ostrander
Arte: Graham Nolan
Arte-Final: Sam Parsons

Gavião-Negro reagiu aos ataques dos comparsas de Byth, mas está em desvantagem. Mulher-Gavião vem em seu auxílio, sem, contudo, se deixar envolver pelos problemas de um mundo que não é seu. Isto não é problema para que os heróis alados resolvam seus anseios de justiça, aprendendo a primeira lição deste mundo: o conjunto de leis que garantem a cidadania. Thanagar não possui tais instrumentos acessíveis ao seu povo, o que leva Katar ao exercício da reflexão.



O final beira a pieguice. Ostrander não consegue tornar Katar interessante porque não tem nada de interessante a explorar neste personagem. Torço para queimar a língua, mas considero que Gavião Negro carece de subjetividade que justifique um título solo.

Um comentário:

Anônimo disse...

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